terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um Grande Dia Para a Liberdade

Há muito tempo eu não posto uma música... pois bem, lá vai.

Pink Floyd - A Great Day For Freedom

On the day the wall came down
No dia em que o muro veio abaixo
They threw the locks onto the ground
Eles jogaram as armas no chão
And with glasses high we raised a cry for freedom had arrived.
E com as taças ao alto, gritamos pois a liberdade chagara.

On the day the wall came down
No dia em que o muro veio abaixo
The Ship of Fools had finally run aground.
A Nau dos Incensatos finalmente atracara.
Promises lit up the night like paper doves in flight.
Promessas incendiaram a noite, como andorinhas de papel voando.

I dreamed you had left my side.
Eu sonhei que você me deixara.
No warmth, not even pride remained.
Nem calor, nem mesmo orgulho sobraram.
And even though you needed me,
E mesmo que você precisasse de mim,
It was clear that I could not do a thing for you.
Era claro que eu não poderia fazer nada por você.

Now life devalues day by day
Agora a vida tem, a cada dia, menos valor
As friends and neighbours turn away
Conforme amigos e vizinhos partem
And there's a change that, even with regret, cannot be undone
E há uma mudança que, mesmo com desculpas, não pode ser desfeita.

Now frontiers shift like desert sands
Agora fronteiras mudam como a areia dos desertos
While nations wash their bloodied hands
Enquanto naçoes lavam suas mãos ensanguentadas
Of loyalty, of history, in shades of gray.
De lealdade, de história, em tons de cinza.

I woke to the sound of drums.
Eu acordei aos sons de tambores.
The music played, the morning sun streamed in.
A música tocava, o sol da manhã entrava.
I turned and I looked at you
Eu me virei e olhei para você
And all but the bitter residue slipped away... slipped away.
E tudo menos o resíduo amargo escapava... escapava.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sob Controle

Já há um tempo em que eu venho ressaltando as virtudes e os fatores a serem levados em conta quando uma escolha aponta à nossa frente. Mas existe, em raras oportunidades, a opção de não fazê-las. Muitas vezes somos incapazes de perceber isso. Existe muita coisa, muita coisa mesmo, que nós podemos simplesmente deixar pra lá, e que ficam ocupando espaço na nossa cabeça, na nossa vida.
Eu sei disso porque já evitei tomar a mesma decisão muitas vezes, e ela sempre acaba me achando denovo. Isso não significa que já a tenha tomado. Deixei para a próxima vez.
Se existe uma forma de viver uma vida razoavelmente tranquila, é não resolver todos os problemas, apenas mantê-los sob controle. Sempre que você resolve um problema, ou toma uma decisão, um ou uma mais difícil aparece. Mas se você resolve aqueles problemas mais urgentes e mantêm os outros sob controle, sem pensar muito neles, isso evita que apareçam muitos novos problemas, e não perdemos o controle.
Eu sei exatamente quais são os meus problemas, e sei muito bem como resolver a maioria deles, mas alguns eu simplesmente não quero resolver, pois estão sob controle.
Mais importante do que saber tomar as decisões, é saber deixar de lado aquelas que na verdade não importam, aquelas que não nos afetam e só preenchem um espaço que poderia ser usado para outras coisas, ou até melhor, para nada.
Chega de tentar ferir o que não se pode matar.

E para os juizes desavisados da última virada: “Não pensem que eu não tenho sentimentos. Eu tenho e sempre terei. Simplesmente não ligo mais pra eles.”

Transcrição

"Alguém se importaria se o mundo perdesse aquela pessoa detestável?
Você acha que a única verdade que importa é a verdade que pode ser medida. Boas intenções não contam. O que está em seu coração não conta. Ser gentil não conta pra você... A vida do homem não pode ser medida pela quantidade de lágrimas que são derramadas quando ele morre. Só porque você não consegue medi-las, só porque não quer medí-las, não significa que não sejam reais!
E mesmo se eu estiver errado, você ainda é um miserável!
Você acha mesmo que o propósito da sua vida foi de sacrificar-se e não receber nada em troca? Não! Você acredita que não há propósito... para nada. Mesmo as vidas que salva, você repudia. Você transformou a única coisa decente da sua vida numa decadência. Em algo sem significado.
Você é miserável por nada.
Eu não sei porque você quer viver."

Texto final da 2ª temporada de House MD

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Direção

A parte divertida da vida, disseram-me, é que tudo um dia muda.
Hoje faz um ano desde que escrevi a primeira página desses diários. E olha que a postagem nem é uma coisa minha. Na verdade, tudo começou, ao que parece, com uma análise do comportamento humano, quando esses diários ainda eram o "Elias' Legends". Muito tempo se passou e aqui estou eu, tendo quase como obrigação escrever-lhes hoje.
Acho que todo mundo um dia escutou alguém dizer que é importante, às vezes, ler o que escreveu. Agora, a essa altura dos acontecimentos, eu me peguei lendo o que tinha escrito há um ano, e para a minha surpresa, ainda pensava tudo aquilo.
A conclusão a que eu chego não é tão surpreendente: eu não sou nada além do resultado das escolhas que me trouxeram até aqui, mas os motivos que me levaram a tomá-las permanecem os mesmos, somados às experiências das escolhas em si. Nunca, em momento algum, o tempo ou qualquer outra coisa poderá nos roubar o peso do nosso conhecimento, da nossa experiência, das nossas escolhas. Acho inclusive que são as únicas coisas que ninguém jamais poderá nos tirar: isso e a chance de fazer alguma diferença através das nossas atitudes, através daquilo que nos marca como cidadãos de um mundo maior. Podemos ser eternos se aprendermos a realizar, se aprendermos a pegar a direção correta nas encruzilhadas que vêm à frente, baseados no que quer que seja: nosso conhecimento, nossos impulsos, nosso coração talvez. As lições e as possibilidades são infinitas.
A minha guerra não está nem um pouco próxima do fim, mas me divirto nos intervalos de paz em que escrevo, e mais um ano vai começar.
Temos ainda mais um ano para a felicidade nos encontrar...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Câmbio...

Há uns meses atrás eu venho tentando o exercício válido de evitar a desculpa de estar sem tempo. Isso porquê, de maneira estranha, deixei de acreditar nela. Não significa, ao contrário do que possam imaginar, que tenha conseguido evitá-la...
Eu acredito que, de fato, não há tempo para tudo. Mas, mesmo assim, sempre há tempo para alguma coisa. Sempre há... inclusive para as coisas que nós não damos importância. Para aquelas que não são nossa prioridade. E muito embora eu já tenha definido minhas prioridades (risos incompreensíveis), eu ainda encontrarei tempo para o resto, ainda que o resto seja só sentar na grama da UFV e apreciar a paisagem.
Enfim, o que eu proponho, dessa vez, é que a gente tente encontrar tempo para coisas que praticamente não valem à pena para ninguém além de nós mesmos. Sem isso, por incrível que pareça, meus amigos, nós vamos enferrujar como máquinas.
Sei que o dia tem só vinte e quatro horas. Aliás, eu também estou preso a isso, infelizmente (risos compreensíveis). Mas não é uma questão de reprodução do tempo, mas de administração. Vamos lá, eu sei que vocês conseguem!
Enquanto isso, vou saindo porque tenho trabalho a fazer.
Vou tentar salvar alguém, no meio dessa minha guerra, de uma coisa que ninguém sabe que existe.
Até mais.