segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Injustiça ao que Persegue

Sala nova, laboratório novo. "É tão estranho ver o Jardel entrando na sala do lado..." disse uma amiga minha. Depois da comemoração da etapa vencida, agora é tempo de voltar ao trabalho, mas agora estou mais ainda voltado aos meus outros pequenos projetos: algumas páginas de um livro inacabado, alguns desenhos no fundo de uma gaveta, partituras do Super Mario esperando minha preguiça deixar eu trazer o teclado pra Vice City...
Mas estes são os projetos que eu abracei. São aqueles que, depois de uma análise minuciosa de tudo o que já passou, e de tudo o que está por vir, passaram no meu teste do "É possível, então farei.". Não peguei no computador para falar deles, quero falar dos outros.
Perseguir é uma arte, é tentar encontrar uma maneira de ir do "sem" até o "com", e trilhar cada passo que sua mente cuidadosamente previu, e que baseada em alguma lógica, admite que tudo dará certo. Nem sempre é assim. Devemos ter a idéia de que no mundo há outras pessoas, com objetivos diferentes do seu, e alguns até conflitantes, e que se elas não quizerem, acredite, não vai dar certo. Eu passei a compreender que certas coisas não vão mudar porque você as quer diferentes, e não vão continuar as mesmas só porque lhe convém. Eu aprendi que, quando se trata de um caminho errado, quanto mais cedo perceber melhor, e que sempre há outro na direção oposta.
E passei a entender que quanto mais você se afasta de um objetivo, mas esse fantasma vai te assombrar. Muitas vezes isso vai te fazer pensar: "Se eu ainda estivesse procurando, hoje teria encontrado.", mas isso, além de natural, é apenas consequência de não se querer mais. É um lembrete de que é importante saber, simplesmente, deixar pra lá - não importa o que aconteça.
Então é isso: adeus pra quem fica, que estou indo embora.

domingo, 7 de agosto de 2011

Pelos Seus Filhos

Já depois de uma semana no Mestrado, a coisa que tenho achado mais estranho, devo admitir, é o fato de estar acordando no horário em que normalmente ía dormir. Mudar de sala, assistir menos aulas, e oficialmente dar aula em uma matéria da UFV não é nada comparado a isso.
Ontem, dia 6 de agosto, porém, foi um dia "meio que de luto" pra mim. Já se foram três anos que meu grande amigo Jonas Weaver se foi, e sempre que esse dia passa eu me pego pensando na promessa que fizemos (ver Um Pacto pela Eternidade). E, nesse contexto, pensei entender no que meu contexto atual influencia essa decisão de futuro. Vejo meus professores, e o rumo que o caminho segue. No fundo, são pessoas extraordinárias, que dizem coisas incríveis que apenas uma fração reduzida da humanidade é capaz e compreender. Muito embora a sua capacidade seja extraordinária, e não tenha vindo sem esforço, mas muito pelo contrário, essa mesma capacidade pode fadá-los ao esquecimento e até mesmo a um certo "isolamento intelectual" se é que me entendem.
Para que eu cumpra a promessa ao meu amigo Weaver, a Física não me é suficiente. Nós, dizia ele, temos que nos esforçar para deixarmos nossa marca no mundo, algo de que as pessoas se lembrem, algo que elas possam passar para seus filhos, e não precisa necessariamente ser algo incrível, ou algo de natureza quase sobrenatural: só precisa ser algo importante.
Buscando a importância, então, vou dedicando parte do meu tempo à tarefa de me tornar eterno, por uma causa nobre, antes que tudo se perca pelo caminho.